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Punido pelo PT, Anísio Maia diz que partido é manipulado por Ricardo Coutinho e define filiação ao PSB ou PCdoB até a próxima semana

O deputado estadual Anísio Maia (PT) afirmou nesta sexta-feira (25) que está conversando com lideranças sindicais e de movimentos sociais para decidir qual será sua nova casa partidária. Ao ClickPB, o parlamentar confirmou que deverá se filiar ao PSB ou ao PCdoB e excluiu o Psol das opções pelo fato do partido não fazer parte da base do governador João Azevêdo (PSB).

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Fundador da sigla petista ao lado de Lula em 1980, Anísio foi suspenso ontem (24) pelo período de seis meses pela Comissão de Ética do PT por ter lançado candidatura à Prefeitura de João Pessoa nas Eleições de 2020, contrariando a decisão da Executiva Nacional que apoiava o nome do ex-governador Ricardo Coutinho, então do PSB.

Na prática, o ato inviabiliza qualquer disputa do deputado nas Eleições deste ano já que a suspensão ultrapassa o prazo legal de convenções partidárias e do registro de candidaturas. Sobre a decisão da comissão, Anísio disse que o partido virou refém do “autoritarismo” de Coutinho e que até 1º de abril, data final da janela partidária, será definido com qual agremiação irá seguir.

“Eu estou conversando com meus companheiros e companheiras e vamos decidir coletivamente [para qual partido ir] em uma grande assembleia. Eu ainda estou sem acreditar que o PT virou agora um partido autoritário e que não permita mais seus militantes se expressarem. Tem, inclusive, uma censura prévia, precisando saber o que falar e o que não pode”, disse.

“Eles não tiveram coragem de me expulsar porque naturalmente o desgaste perante à opinião pública seria muito maior e inventaram uma expulsão camuflada. É rasteiro. Fizeram comigo o que fizeram com Lula, tudo para impedir a minha candidatura porque estão incomodados com minha forma independente de trabalhar e que eu não ia aceitar nunca que o partido fosse manipulado por uma pessoa. É isso”, concluiu.

Foto: Walla Santos

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