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Câmara aprova aumento no gasto do governo com publicidade nas eleições

A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4059/21, do deputado Cacá Leão (PP-BA), que altera limite de gastos da administração pública com serviços de comunicação social durante o período eleitoral para elaboração de propaganda institucional. A atual norma estabelece que o cálculo seja feito com base na média do primeiro semestre dos três anos anteriores, enquanto o projeto passa a incluir os três anos completos. A matéria vai ao Senado.

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O projeto foi duramente criticado pelos partidos de oposição. “Esse projeto aumenta o valor a ser utilizado em propaganda. (…) Vai aumentar o valor disponível no desespero do governo de ter instrumentos e recursos para continuar em tentar enganar a população nessas eleições”, apontou a deputada Erika Kokay (PT-DF). Kim Kataguiri (Podemos-SP) complementou, alertando que o projeto pode facilitar a contratação de meios de produção de notícias falsas, que podem atingir outros candidatos a cargos públicos.

Também foi aprovada a medida provisória que prorroga o prazo de contratação de 215 médicos veterinários que prestam serviço temporário no Ministério da Agricultura para fazer a inspeção do abate de animais. A mesma medida também prorroga a contratação de funcionários da Agência Nacional de Saúde Suplementar que atuam no sistema de cobrança do ressarcimento de planos de saúde.

A medida recebeu orientação favorável por todas as bancadas, mas foi criticada pela deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS). “Não é de interesse de ninguém paralisar esses serviços. Agora, ao votar a favor não deixa de haver a necessidade de criticar a irresponsabilidade da falta de planejamento e o descompromisso do governo de Jair Bolsonaro com a realização de um concurso público para suprir essa demanda profissional”, declarou.

De acordo com o Congresso em Foco, o último projeto aprovado foi o Projeto de Lei 5091/2020, de relatoria da deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO), que tipifica o crime de violência institucional. Tratam-se de ações de agentes públicos que possam comprometer vítimas de violência que procuram a ajuda de autoridades.

Seu texto já foi aprovado antes na Câmara e no Senado, mas foi criticado ao retornar pelo deputado Kim Kataguiri. Para o parlamentar, o mérito do projeto é válido, mas seu texto não deixa claros os requisitos para a aplicação do novo tipo penal. O mesmo posicionamento foi adotado pela bancada do Novo, que não deixou de seguir a tendência das demais bancadas, que orientaram à favor. O projeto segue para sanção presidencial.

Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara

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