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Conselho de Direitos Humanos da ONU debate situação da Ucrânia

Após dois dias dos Estados Unidos sugerirem a exclusão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), a entidade realizará um debate nesta quinta-feira (3), em Genebra, na Suíça, sobre a situação da Ucrânia que foi invadida pelos russos. As informações são da RTP.

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Segundo o MSN, o conselho é formado por 47 países que passam por uma seleção para integrar o órgão por um período de três anos. Segundo o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a situação dos direitos humanos vai ficar ainda pior se o presidente da Rússia, Vladimir Putin, vencer a atual guerra.

“A Rússia bombardeia escolas, hospitais e áreas residenciais, destrói infraestruturas essenciais que permitem que milhões de ucranianos tenham acesso a água potável, gás e eletricidade, sem os quais morrem de frio”, acusou Blinken na terça-feira (1º), na 49ª sessão do conselho que irá até o dia 1º de abril.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a intensificação das operações da Rússia na Ucrânia faz crescer as violações dos direitos humanos.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de quinta-feira (24).

Foto: AP

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