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João Pessoa planeja ‘copiar’ Balneário Camboriú e alargar faixa de areia em praias

Recentemente, uma comparação inusitada entre João Pessoa e Balneário Camboriú, em Santa Catarina, ‘caiu na rede’ por causa da altura dos prédios nas orlas das duas cidades. O caso ganhou repercussão porque a cidade catarinense estava alargando a faixa de areia. A estratégia acabou inspirando a capital paraibana, que pretende copiar o projeto por aqui.

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Pelo menos foi o que confirmou a Secretaria de Planejamento de João Pessoa, em reportagem da Folha de São Paulo. Segundo ele, a orla de João Pessoa deverá sofrer uma intervenção para ampliação da faixa de areia em quatro praias: Ponta do Seixas e praias de Cabo Branco, de Manaíra e do Bessa. As obras devem ser realizadas no segundo semestre de 2022.

Para isso, técnicos da prefeitura de João Pessoa têm preparado estudos preliminares em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Um termo de cooperação foi assinado no último dia 29 de outubro vai permitir várias ações conjuntas na área de infraestrutura, a exemplo do projeto de estabilização da barreira do Cabo Branco, afetada pelo processo erosivo causado pelo mar.

Na atual fase, a prefeitura elabora fundamentações para pedir as licenças ambientais e, em seguida, seguir para a publicação de licitações.

Apesar dos planos avançados, segundo a Folha, a administração municipal ainda não tem uma estimativa de quanto as obras vão custar aos cofres públicos. No caso de Balneário Camboriú, o projeto foi custeado por um grupo de empresários locais e a obra estaria estimada em R$ 66 milhões.

A areia, segundo especialistas ouvidos pelo jornal, é tirada de uma área de alto mar. O local, no entanto, ainda não foi definido pela prefeitura de João Pessoa, da acordo com a reportagem.

Estudos sobre praias de João Pessoa

O Conversa Política tentou mais informações sobre essa obras de “engorda” das praias com a gestão municipal, mas única informação concreta veio da assessoria de imprensa da Secretaria de Planejamento, que confirmou que estudos estão em fase inicial e está sendo elaborado ainda o Termo de Referência para os licenciamentos.

De acordo com a assessoria, os trabalhos envolvem as secretarias de Planejamento, a de Infraestrutura e do Meio Ambiente.  Lembrou ainda que o prefeito assinou recentemente um convênio ‘guarda-chuva’ com a Universidade Federal da Paraíba que permitirá fazer os estudos de laboratório. Mas será feito, em breve, um convênio específico para as ações de proteção da Barreira do Cabo Branco e do alargamento de praia.

“Há poucos dias o secretário de Planejamento, José William, e o coordenador do Programa João Pessoa Sustentável, Antonio Eliseu, visitaram em companhia do reitor Valdiney Gouveia os laboratórios de engenharia de materiais da UFPB,” destacou. E completou: “Não só da UFPB, mas das demais instituições parceiras, nacionais e internacionais, que estão sendo contactadas pela prefeitura. […] Não há data ainda. A Folha falou segundo semestre, mas com base apenas na expectativa manifesta pelo secretário de que os trabalhos de engorda propriamente possam começar ainda no ano de 2022. Ele não falou em datas”, explicou a assessoria quando questionada sobre datas.

O secretário responsável pela pasta, José William, está viajando.

Foto: Alessandro Potter

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