A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Secretaria de Saúde, recebeu, na manhã desta terça-feira (08), 21 concentradores de oxigênio que darão suporte ao tratamento de pacientes internados nos hospitais municipais Santa Isabel e Prontovida, referência para o combate da pandemia na Capital. A doação chega através do Ministério da Saúde, que também enviou aparelhos para outras cidades da Paraíba e demais estados do Norte e Nordeste.
Para o secretário de saúde do município, Fábio Rocha, a doação reforça a rede de saúde no combate ao coronavírus. “Beneficia nossa rede, mas principalmente nosso paciente que está internado, pois com a chegada dos concentradores estamos oferecendo mais chances ao paciente. É mais um suporte para a recuperação de todos aqueles atingidos pela Covid. Do ponto de vista médico, quanto mais suporte de oxigênio eu oferecer a um paciente com pulmão comprometido, mais conforto para respirar ele vai ter e mais chances de recuperação”, reforça. A secretária executiva da Saúde de João Pessoa, Rossana Sá, também participou da solenidade de entrega dos novos equipamentos.
“O Ministério da Saúde adquiriu esses concentradores de oxigênio e está encaminhando para reforço do combate da pandemia principalmente nos municípios da região Norte e Nordeste. Na Paraíba, são 185 concentradores, que funcionam como uma mini usina de oxigênio, dando suporte para estabilização dos pacientes, principalmente os mais graves, sem que precise de todo o procedimento de entubação”, explica Eridan Pimenta, superintendente do Ministério da Saúde na Paraíba.
Os concentradores são do tipo EverFlo da Philips Respironics, um aparelho com baixo consumo de energia, o que o torna uma alternativa econômica para quem precisa de suplementação de oxigênio com baixo fluxo, e capaz de produzir até cinco litros por minuto. Cada concentrador atende um paciente por vez, mas pode ser utilizado por outro após a alta hospitalar e higienização do aparelho.
O concentrador de oxigênio é indicado para quem precisa de oxigênio suplementar e funciona como uma alternativa ao uso de cilindros de oxigênio, uma vez que fornece a substância a partir do ambiente. De acordo com o exame da gasometria arterial ou com o indicativo de saturação, o médico poderá definir a melhor abordagem no tratamento se utilizando o cilindro ou o concentrador, bem como qual a quantidade de oxigênio o paciente deve receber.
Funcionamento – O concentrador de oxigênio funciona, basicamente, começando pela entrada do ar do ambiente no aparelho que, então, passa por um filtro de partículas, bactérias e vírus. Depois disso, ele percorre um compressor rotativo movido a energia elétrica e, em seguida, passa por um filtro de zeolite, responsável por absorver o nitrogênio do ar ambiente. Em seguida, o oxigênio vai para um reservatório e, depois, para um fluxômetro, onde é possível controlar a quantidade que será fornecida ao paciente.
Foto: Ivomar Gomes.