O Ministério da Saúde reduziu em 3,8 milhões a previsão de doses de vacinas previstas para serem entregues no mês de junho. Nas semana passada, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, divulgou que o país devere receber 43,8 milhões de vacinas contra a covid-19. Nesta semana, a o ministério afirma que são 40 milhões.
Desse total, a previsão era de 29,9 milhões da AstraZeneca, 12 milhões da vacina da Pfizer, 6 milhões da CoronaVac e mais 4,8 milhões pelo Covax Facility (4 milhões da AstraZeneca e 842 mil da Pfizer). Mas com a falta de insumos, tanto o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac, como a Fiocruz, responsável pela Oxford/AstraZeneca, interromperam a produção.
O Instituto Butantan só deverá entregar nova remessa na semana que vem. A previsão passou de 6 milhões para 5 milhões. A Oxford/AstraZeneca também redizoi de 20,9 milhões para 18 milhões de doses.
O Ministério da Saúde afirma que cronograma é atualizado de acordo com a confirmação dos laboratórios considerando o recebimento do IFA (ingrediente farmacêutico ativo ), matéria-prima usada para fazer o produto.
Desde o início do Plano Nacional de Imunização, em 18 de janeiro, já foram distribuídas mais de 100 milhões de doses. Nesta semana, mais 6,5 milhões de doses são enviadas para estados e Distrito Federal a partir desta quarta-feira (2).
Mas o ritmo da vacinação continua lentos. Cálculos feitos pelo R7 apontam que o país levaria 353 dias para administrar os 185,1 milhões de doses necessárias para imunizar os 92,5 milhões de cidadãos que ainda não receberam a segunda injeção ou nenhuma das duas.
Até terça-feira (1º), 67,4 milhões de doses haviam sido aplicadas, segundo a plataforma Localiza SUS, sendo 45,3 milhões de pessoas (28,35%) que tomaram somente a primeira dose e 22,1 milhões (13,81%) com o esquema vacinal completo.
Porém, se levado em conta apenas o grupo prioritário, que tem cerca de 78,3 milhões de pessoas, 58% já tomaram pelo menos uma dose. Outros 28% receberam as duas doses.
Para concluir a vacinação do grupo prioritário, o país precisa aplicar mais 89 milhões de doses, o que seria atingido daqui a cerca de 75 dias (na metade de agosto), se o país conseguisse a média de 1,2 milhão de doses aplicadas diariamente.
Foto: Carlos Osorio.