Biden vai adiar saída dos EUA do Afeganistão para 11 de setembro

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai retirar todas as tropas americanas do Afeganistão no 20º aniversário do 11 de setembro de 2001, segundo os jornais “Washington Post” e “New York Times”.

O “Washington Post”, primeiro jornal a publicar a notícia, diz que Biden deve anunciar a medida na quarta-feira (14). Com a saída do Afeganistão, os EUA vão encerrar a guerra mais longa da sua história.

Caso a decisão seja confirmada, o país vai manter tropas americanas no país além de 1º de maio, prazo negociado pelo ex-presidente Donald Trump com o Talibã no ano passado.

Segundo o G1, o acordo foi assinado em 29 de fevereiro de 2020 e previa a saída completa das tropas americanas em 14 meses. O fim da guerra no Afeganistão era uma promessa de campanha de Trump.

Segundo o “New York Times”, o país vai manter mais de 3 mil soldados no Afeganistão além do prazo de 1º de maio.

Guerra ao terror

Os EUA atacaram o Afeganistão e depois o Iraque após o atentado de 11 de setembro de 2001, quando terroristas derrubaram as Torres Gêmeas do World Trade Center.

As forças armadas dos EUA invadiram o Afeganistão em 7 de outubro, menos de um mês após o ataque terrorista.

Na época, o grupo radical islâmico Talibã era liderado por Mohammed Omar e controlava 90% do país, embora não fosse reconhecido como governo pela ONU.

O então presidente americano George W. Bush ordenou a invasão após o Talibã se recusar a entregar Osama bin Laden, arquiteto do atentado às Torres Gêmeas.

Morte de Bin Laden

Bin Laden foi morto apenas em 2011, em uma operação americana no Paquistão, já no governo do ex-presidente americano de Barack Obama.

Segundo a ONU, mais de 100 mil civis foram mortos ou feridos no conflito apenas na última década.

Desde o início da guerra, os EUA gastaram cerca de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,7 trilhões) em despesas militares no Afeganistão.

Foto: Kevin Lamarque.