A secretária de Educação e Cultura de João Pessoa (Sedec-JP), América Castro, se reúne na tarde desta segunda-feira (12) com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município (Sintem), Valdegil Daniel de Assis. Na pauta da reunião a secretária irá dialogar sobre os critérios para o retorno das aulas presenciais, de forma híbrida. A reunião acontece, a partir das 14h, de forma presencial no Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria, seguindo os protocolos de segurança.
“O assunto que iremos debater são pontos que nós, enquanto secretaria, já estamos agilizando junto com o prefeito Cícero Lucena, como por exemplo, a vacinação dos professores e demais profissionais que compõe o quadro escolar, a educação como um todo. Nós já temos um plano definido para o retorno das aulas híbridas, ainda sem data definida, e isso será apresentado ao Sindicato no momento certo. Tudo isso com muito diálogo”, explicou a secretária.
A rede conta com 187 unidades de ensino. São cerca de 71 mil alunos, onde 10 mil são novatos. Esse crescimento se dá devido a mobilização que foi feita no início do ano, seguindo a orientação do prefeito Cícero Lucena, para ofertar vaga para todos.
Plano de aulas – A Secretaria já criou os comitês setoriais e escolares da Covid-19 para um melhor acompanhamento das unidades escolares. O plano da retomada das atividades já está finalizado e é dividido em quatro eixos: o primeiro é de governança que trata do diagnóstico e planejamento da retomada; o segundo são orientações sanitárias com orientações para todos os servidores sobre os cuidados e o uso das medidas relativas a proteção como o uso de máscaras, álcool gel nas dependências das escolas e aferição da temperatura dos alunos e funcionários; o terceiro, e pedagógico, são estratégias do ensino híbrido, reorganização das turmas, como também a adequação do planejamento pedagógico; e por último o acolhimento psicossocial aonde terá um espaço de fala e escuta aos alunos e professores.
Investindo em tecnologia – Outro ponto que será debatido na reunião é sobre kits de material didático e pacotes de internet para professores e alunos. “Já demos início ao processo de aquisição de internet patrocinada para a rede para atender tanto aos alunos como os professores. Estamos trabalhando para a garantia dos meios, equipamentos e plataformas educacionais para todos, diários online, acompanhamento pedagógico com alinhamento semanal. Já foram criados cerca de 70 mil e-mails institucionais e disponibilizados mais de 60 serviços na plataforma educacional em parceria com a Google”, disse América Castro.
Para continuar avançando nesse campo tecnológico educacional serão adquiridos tablets e Chromebooks. Outro equipamento previsto são as lousas digitais 3D, que irão fazer parte das salas Google Multimídia das unidades escolares.
As escolas que antes tinham praticamente nada de internet (1MB) passarão a receber 10MB de Internet dedicada em seus circuitos.
Formação continuada – Pensando em uma melhor organização de formação para esses profissionais em educação foi criado um calendário de encontros, seminários e troca de experiências na rede municipal de ensino.
O calendário conta com a formação em foco nas tecnologias digitais, na educação inovadora e formação alinhada a melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem dos estudantes.
Reorganização – A Secretaria de Educação precisou reestruturar o seu organograma. Criou a Escola de Formação, fortaleceu a estrutura pedagógica da secretaria, como também o fortalecimento da estrutura tecnológica investindo em internet e compra de equipamentos. Toda essa mudança estrutural na rede se fez necessária para que o processo de hibridização aconteça de maneira adequada.
Nas atividades remotas estão acontecendo aulas complementares de xadrez, música, dança, instrumentos musicais, acompanhamento de professores e cuidadores para os alunos especiais com atendimentos educacionais especializados. As aulas on-line também serão feitas com intérpretes de Libras.
“Todos nós estamos buscando uma adaptação eficaz e definitiva para este modelo de ensinar. O presencial e o digital precisam ser percebidos e planejados como complementares a partir de agora. E é isso que estamos tentando fazer em João Pessoa. Nesse início não está sendo fácil apesar das escolas estarem vivenciando há mais de um ano. Não houve o cuidado dos gestores para adquirir meios e equipamentos para esse processo de adaptação. Com a graça de Deus, nós vamos sim conseguir melhorar tudo”, finalizou a secretária.
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