Funcionários do Banco do Brasil na Paraíba decidiram em assembleia virtual realizada na noite desta sexta-feira (5) aprovar o estado de greve contra a reestruturação que fechará mais de três agências e postos de atendimento no estado. Com a decisão haverá nesta quarta-feira (10), uma segunda paralisação de 24 horas nas 67 agências e 36 postos de atendimentos (PAAs) espalhados pelo estado. Confira o documento.
Apesar de ter anunciado o plano de reestruturação, o banco não revela de forma oficial quantas agências no total serão fechadas no estado, mas segundo os próprios funcionários, a previsão é que os locais encerrados sejam: a agência Parque Solon de Lucena, localizada no bairro de Tambiá e a agência do Jardim Cidade Universitária, ambas em João Pessoa. Já em Campina Grande, a agência Jardim Paulistano, na Avenida Assis Chateaubriand.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, em entrevista ao ClickPB, o estado de greve ” é um alerta para que a direção do banco e o governo se atentem para as reivindicações dos trabalhadores e abram negociação para que se evite a deflagração da greve”, explicou.
Para o sindicalista, os funcionários estão pressionando o banco para que o mesmo seja transparente e abra negociações com relação ao plano que prevê a demissão de 5 mil funcionários (em plena pandemia), além do fechamento de 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios. Na Paraíba, mais de três agências e sete postos de atendimento estão na mira do banco para serem desativados.
A categoria decidiu em assembleia que se até até quarta-feira, 10 de fevereiro, não houver uma negociação satisfatória, bancários e bancárias do BB vão paralisar as atividades por 24 horas, podendo permanecer novas paralisações.
Ainda segundo Lindonjhonson, o banco se comprometeu em última reunião realizada em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT) submeter a pauta com os pontos destacados pela Contraf-CUT à instância superior e trazer a resposta até a próxima audiência com o MPT, nesta segunda-feira (8). Segundo ele, “os funcionários querem negociar e pedem que o banco seja transparente com o plano que está em implantação para que os trabalhadores não sejam prejudicados”, disse.
Foto: Walla Santos.