Pesquisa: só entre jovens há maioria a favor do impeachment de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro durante solenidade de Ação de Graças, no Palácio do Planalto.

A maioria da população brasileira é contra o impeachment de Jair Bolsonaro, segundo levantamento exclusivo feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 22 e 26 de janeiro – 56,4% disseram não querer o afastamento do presidente, enquanto 38,8% afirmaram que sim e 4,8% relataram que não sabem ou não quiseram opinar.

A resistência à cassação do mandato de Bolsonaro tem maioria entre todos os segmentos do eleitorado pesquisado, com exceção de um: os jovens de 16 a 24 anos de idade – nesse contingente, 53,3% disseram ser a favor e 41,5% afirmaram ser contra.

Um segmento com uma divisão acirrada é o das mulheres, no qual 46,6% são a favor do impeachment enquanto 48,8% são contra. O cenário contrasta muito com o verificado entre os homens – 64,8% deles são contra, enquanto apenas 30,1% são a favor.

Outro contingente no qual a rejeição ao impeachment é grande está na Região Sul, onde 63,1% são contra o afastamento do presidente e 33,1% são a favor.

Reportagem publicada na edição de VEJA desta semana mostra que, apesar das críticas que Bolsonaro vem enfrentando em razão da maneira errática com que conduz o combate à pandemia da Covid-19, o impeachment ainda é algo longe no horizonte político, das instituições e do mercado.

Também segundo o Paraná Pesquisas, apesar de ter recuado em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2020, Bolsonaro ainda ostenta índices de aprovação ao seu governo superiores aos que tinha em maio, logo no início da pandemia. Cerca de um terço do eleitorado mantém a avaliação de que seu desempenho à frente do país é ótimo ou bom, como mostra matéria no site de VEJA.

Além disso, Bolsonaro lidera todas as projeções de primeiro turno feitas pelo Paraná Pesquisas para a sucessão presidencial em 2022, com índices de intenção de voto superiores a 30%. No segundo turno, ele também está na dianteira em quatro das cinco simulações feitas — a exceção é o confronto com o ex-ministro Sergio Moro, na qual acontece um empate técnico.

Foto: Marcelo Camargo.