A agência regulatória de medicamentos da Suíça, a Swissmedic, anunciou neste sábado (19) que o país foi o primeiro do mundo a aprovar uma vacina contra a Covid-19 sob procedimento padrão – e não para uso emergencial, como foi o caso de outras aprovações concedidas.

Segundo o G1, o uso foi liberado para pessoas a partir dos 16 anos de idade. O ministro da Saúde suíço disse, no Twitter, que o imunizante poderá ser começar a ser aplicado “dentro de dias”, mas a prioridade será para pessoas vulneráveis, incluindo idosos e pessoas com problemas de saúde.

Já a agência de saúde do país afirmou que um programa nacional de vacinação pode começar em 4 de janeiro, com um lote inicial de cerca de 100 mil doses.

O contrato da Suíça com a Pfizer e a BioNTech é para entregar 3 milhões de doses da vacina – o suficiente para 1,5 milhão de pessoas, já que o imunizante precisa ser aplicado em duas doses.

Aprovação

Segundo a agência de notícias Reuters, o pedido de aprovação foi feito há dois meses, e, desde então, a Swissmedic vem recebendo documentos da vacina sob submissão contínua.

“Os dados disponíveis até o momento mostraram um alto nível comparável de eficácia em todas as faixas etárias investigadas, atendendo assim aos requisitos de segurança”, disse a agência regulatória.

Os dados preliminares de eficácia da vacina da Pfizer e BioNTech foram publicados em revista científica na semana passada. O imunizante mostrou 95% de eficácia na proteção contra a doença, com índice quase igual entre idosos.

Na prática, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa que 95% das pessoas vacinadas ficam protegidas contra aquela doença.

Mesmo depois da aprovação, a Swissmedic exigirá que a Pfizer continue enviando informações sobre a segurança, eficácia e qualidade de sua vacina.

Segundo o laboratório, a vacina foi autorizada ou aprovada para uso de emergência em mais de 15 países. Entre eles estão o Reino Unido, os Estados Unidos, o Canadá e a Arábia Saudita – que já começaram a aplicá-la –, e o Bahrein.

A Swissmedic também está analisando os pedidos de vacinas feitas pela Moderna e AstraZeneca; esta última desenvolve o imunizante em parceria com a Universidade de Oxford.

Foto: Jacquelyn Martin.