Semana passada trouxe aqui no Blog o caso de uma das candidaturas de Monteiro, no Cariri do Estado, que terá uma chapa ‘puro sangue‘, literalmente, na disputa das eleições deste ano. A deputada Edna Henrique (PSDB) deverá ser candidata a vice da própria filha, Micheila Henrique (PSDB). Mas a região do Cariri parece ser um ‘vale fértil’ para o surgimento de candidaturas ‘em família’.
Em alguns casos, os familiares se unem na disputa; em outros, irão marchar para as urnas em novembro divididos.
No município do Congo, por exemplo, o médico Romualdo Quirino terá como companheira de chapa a própria esposa, Flávia Quirino. Os dois irão enfrentar uma disputa com o primo de Romualdo, Júnior Quirino.
Segundo o Jornal da Paraíba, em Juazeirinho o prefeito Bevilacqua Matias é candidato à reeleição e tem como vice a sobrinha, filha do ex-deputado Genival Matias – Anna Virgínia.
Já em Gurjão uma outra chapa puro sangue e DNA: os irmãos Aildo Brito Gomes e José Alberto Brito Gomes irão concorrer à prefeitura pelo PTC.
Na cidade de São José dos Cordeiros, a disputa divide os familiares em duas chapas: uma encabeçada por Felício Queiroz, do PL; e outra liderada pelo primo dele, Humberto Queiroz, do PC do B.
Exceções à parte, a presença de poucas famílias na política ainda é um reflexo da cultura coronelista de séculos passados, marcante na região Nordeste.
Naquela época, apenas parentes dos coronéis poderiam se aventurar nas disputas pelo poder e pelo controle de seus ‘currais’. Hoje a democracia brasileira já avançou muito nisso, mas ainda guarda traços de tempos longínquos.
Foto: Nelson Júnior.