O Dia da Visibilidade Bissexual, criado no dia 23 de setembro, será discutido nesta quarta-feira (23), às 18h, em debate on-line no Instagram da Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana (@semdhgovpb). A data é uma oportunidade para visibilizar e celebrar a diversidade bissexual, além de enfrentar todas as formas de bifobia – na sociedade, família e dentro da própria comunidade LGBTQI+.  A live será com o ativista do Movimento Bissexual, Adriano Silva, a indígena Yasipitã Potiguara, o integrante do Petris, Ricardo Alecsander e com a agente de Direitos Humanos do Espaço LGBT, Viviane Lira. 

“É importante promover a visibilidade bissexual para que possamos educar, formar as pessoas sobre a temática. O debate on-line é importante para que a população acesse a informação sobre os vários tipos de orientação sexual. Estamos atentas na divulgação do enfrentamento da bifobia e de todas as formas de preconceito e discriminação”, disse a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Lídia Moura.

A sociedade não entende o conceito de bissexualidade porque foge da lógica monossexual. Geralmente, cria-se a concepção de divisão de atração – 50% por mulheres e 50% de atração por homens. O ativista e integrante do Movimento de Bissexuais (MOVbi), Adriano Silva, explica o conceito: “Não é apenas se interessar sexualmente pelos dois gêneros, mas sentir-se atraído por pessoas de mais de um sexo e/ou gênero, não necessariamente ao mesmo tempo, nem da mesma forma e níveis”, explica.

Segundo o gerente de Direitos de LGBT, Fernando Luiz, combater o preconceito, ampliar o respeito e dialogar sobre as liberdades é um dos principais motivos para discutir o tema. “Só assim podemos ouvir as demandas e trabalhar com políticas públicas para a população bissexual”, afirma.A bifobia surge da violência gerada dentro da família e na sociedade. Muitas vezes as pessoas são agredidas de maneira pejorativa e existem casos de violência física. “A invisibilidade da orientação bissexual vem por causa da violência sofrida nas ruas e pela família”, afirma Victor Pilato, coordenador do Espaço LGBT de João Pessoa, gerenciado pela Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana.

Ele afirma que a demanda de bissexuais no Espaço LGBT é, principalmente, para o setor de atendimento psicológico, que conta com um psicólogo especializado. “Quando a pessoas sofrem muita discriminação e preconceito chegam vulneráveis no nosso serviço e com uma tristeza profunda ou depressão. Muitas vezes buscam solucionar esta emoção negativa com o suicídio”, relata Victor Pilato. O Espaço LGBT está com atendimento remoto pelo telefone 99119-0157 (WhatsApp).

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