A Comissão de Desenvolvimento Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou uma visita técnica, na manhã desta segunda-feira (21), ao açude Epitácio Pessoa, no município de Boqueirão, no Cariri paraibano, para conhecer o “Projeto Ambiental Oito Verde”, que busca a sustentabilidade da região, através da arborização do entorno do manancial, além de despertar a consciência para preservação do meio ambiente em adultos e crianças. 

Na oportunidade, o presidente da Comissão, o deputado Moacir Rodrigues, que estava acompanhado do superintendente do Ibama na Paraíba, Arthur Navarro, conversou com técnicos do órgão e participou do plantio de mudas e distribuição de sementes. Moacir também se reuniu com representantes das comunidades ribeirinhas que estão engajadas no plantio de mudas de aroeira, canafístula, gliricídia, mulungu, barriguda e feijão bravo, todas típicas da caatinga. “O projeto é uma vitória para o meio ambiente, uma vitória para Boqueirão e para a Paraíba”, avaliou o deputado. 

O deputado ressalta que na região tem gente trabalhando em favor da vida. Ele parabenizou a Associação da Proteção Ambienta de Boqueirão, que recebe a colaboração de órgãos governamentais como o Ibama, o Dnocs, a Cagepa e o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), para o fortalecimento do projeto. “O Brasil e o mundo precisam do meio ambiente vivo e sadio”, acrescentou.

O presidente da Associação de Proteção Ambiental Oito Verde, Pedro Aprígio, disse que a entidade já plantou, nos seus 13 anos de existência, cerca de 450 mil mudas. Segundo ele, uma das metas da associação é fazer toda a mata ciliar do açude Epitácio Pessoa e, se possível, chegar a mais de 1 milhão de mudas. “Outro desafio que nós temos é fazer as nascentes do rio Paraíba, porque como a água está praticamente perene, fica mais fácil de atingirmos esse objetivo. A mata ciliar é muito importante, mas as nascentes também são de igual importância. É um desafio gigante, como também é o açude, mas com certeza nós conseguiremos”, destacou. 

O superintendente do Ibama, Arthur Navarro, disse que vê o projeto como muita positividade, destacando o seu alcance social, educacional e ambiental. “Esse trabalho de sustentabilidade, de equilíbrio ecológico, tanto no entorno do açude, como no meio ambiente do município e do estado da Paraíba é brilhante. Nós parabenizamos tudo o que a associação vem fazendo, juntamente com os órgãos parceiros de preservação do meio ambiente nessa região”, disse.

Evandro Pereira, diretor do Dnocs em Boqueirão, disse que a capacidade atual do açude é de 62 por cento, o que corresponde a um volume de 289 milhões de metros cúbicos de água, sendo, portanto, uma situação confortável. “É por isso eu hoje nós estamos trabalhando com a mata ciliar, porque nós temos água, com o apoio do Dnocs, do Ibama e da comunidade, que é muito importante. O assoreamento do açude é muito importante para o futuro da região. Hoje, com essas queimadas que estamos assistindo pela TV, o meio ambiente precisa de proteção para essas temperaturas elevadas. Daí a importância desse projeto também como prevenção para o problema das queimadas”, comentou.

O lavrador Geraldo Lopes também destacou a importância do “Projeto Ambiental Oito Verde” para a região. “Espero que todos os meus amigos e vizinhos se inspirem nesse exemplo de benfeitoria e que se unam com esse mesmo objetivo, para que no futuro a gente possa ter um planeta mais rico e mais saudável”, disse. 

O “Projeto Ambiental Oito Verde” ganhou essa denominação inspirado no formato do açude Epitácio Pessoa. Estima-se que o percurso a ser plantado na Área de Preservação Permanente (APP) cobre uma distância de 15 metros de zona urbana e 30 metros de zona rural, conforme recomendam os órgãos de defesa do meio ambiente.

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