Em convenção do MDB neste domingo (6) para oficializar a candidatura do médico Cristiano Britto para a Prefeitura de Cocal (226 km de Teresina), no Piauí, o ex-prefeito da cidade, José Maria Monção, comparou-se ao atual detentor do cargo, Rubens Vieira (PSDB), e disse ter roubado menos que ele.

“Temos que mudar o Cocal. Não é que o Cocal seja o fim do mundo, mas com essa administração todos padecem. Fui prefeito três vezes, sei do sofrimento, mas também não roubei o tanto que esse aí roubou, não. Esse é descarado, tá afundando o Cocal”, disse Monção.

Os presentes reagiram ao depoimento com risadas e palmas. O evento contou com a presença do senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, que gargalhou e passou as mãos na cabeça enquanto Monção dava seu depoimento.

“Posso até ter tirado alguma coisa, dado para os pobres. Na verdade, ninguém pode ser tão sincero. Se eu tivesse feito tudo direito não tinha ido preso, né? Se eu fui preso tem algum motivo”, disse Monção.

“Mas político que rouba, rouba para dar para o povo. Difícil roubar para si. Agora esse aí [Rubens Vieira] roubou para ele. A maior mansão de Cocal é a dele. Quando ele começou na política, não tinha nem uma camionete velha”, completou.

Em 2009, Monção foi preso durante Operação Harpia da Polícia Federal, acusado de participação no desvio de R$ 2,6 milhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Segundo a Folha de S.Paulo, em 2015, ele foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Piauí por tentativa de fraude de documento público. Ele teria tentado falsificar o livro de atas da Câmara Municipal de Cocal com o propósito de ter suas contas aprovadas e garantir a candidatura a deputado estadual naquele ano.

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