Depois de uma sessão no dia anterior com abstenções, votos contrários, vereadores que se retiraram no momento da votação e polêmica nas redes sociais, os legisladores de Conde aprovaram, ontem, por unanimidade o projeto de lei de nº 09/2020 e a emenda 011/2020 apresentados na Sessão Extraordinária.
O projeto garante o reordenamento orçamentário para poder receber R$ 1,2 milhão por conta de duas emendas destinadas à saúde. No cenário da votação da terça-feira, os recursos seriam devolvidos ao governo federal, por isso, a sessão mobilizou a população. A transmissão pela página da Câmara Municipal de Conde pelo Facebook chegou a registrar quase 500 comentários e mais de 700 visualizações.
Com a aprovação, a Prefeitura de Conde vai poder adquirir duas picapes e um microônibus que serão utilizados devido aos terrenos íngremes no território de Conde durante o combate à pandemia do novo coronavírus e a outra emenda será destinada a aquisição de móveis, equipamentos de saúde.
Durante a sessão, os vereadores baixaram a voltagem das críticas às duas emendas devido à repercussão popular na cidade de Conde. Em mais de 1h30 de sessão os vereadores utilizaram a maior parte do tempo para atacar a prefeita de Conde, Márcia Lucena, que indignada com o boicote à votação, na terça-feira (19), convocou a população para cobrar dos vereadores um posicionamento para que a cidade não perdesse os recursos federais.
Durante a sessão da terça-feira, os vereadores aprovaram apenas um dos dois projetos que se destinava ao pagamento de gratificação dos profissionais de saúde que estão à frente do combate ao novo coronavírus. Depois do resultado, a prefeita Márcia Lucena disparou nas redes que aprovar a gratificação sem aprovar o orçamento era incoerente e ineficiente. “Se aprovou a gratificação mas não aprovou o orçamento não fizeram nada porque não posso pagar a gratificação sem o orçamento readequado”