O Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) ultrapassou as 2 mil apreensões de aves silvestres, este ano, nas ações de combate ao tráfico, venda e caça dos animais, na Paraíba. Nos sete primeiros meses do ano, houve um crescimento de mais de 20% das apreensões, quando comparado com o mesmo período de 2019.

O combate aos crimes contra a fauna será intensificado ainda mais com a Operação Voo Livre, que foi retomada no último fim de semana e resultou na apreensão de mais de 50 aves das espécies papa-capim, galo-de-campina, golado, golaço, sibite, saíra-sete-cores, azulão, tico-tico, tiziu, gaturamo-verdadeiro, sabiá-de-cabeça-cinza, sanhaçu-cinzento, sanhaçu-do-coqueiro, graúna, cebolinho e canário-da-terra, no sábado (17), na feira de Santa Rita.   

O chefe da Seção de Planejamento e Operações (P/3) do BPAmb, tenente Wellington Aragão, que esteve à frente das ações, lamentou a morte de uma das aves. “Era uma saíra-sete-cores, ave muito bonita e rara. Infelizmente, a natureza perdeu o animal. Quando chegamos na feira de Santa Rita, a ave estava em um alçapão, que é uma espécie de gaiola pequena que impõe ao animal condições degradantes e a ave acabou morrendo em decorrência dessa crueldade”, contou, ressaltando que a Operação Voo Livre conseguiu salvar mais de 50 aves de outras dezesseis espécies.

Até julho deste ano, conforme dados do Batalhão de Polícia Ambiental, foram 1.993 aves silvestres apreendidas, o que representa um aumento de mais de 20%, quando comparado com os sete primeiros meses de 2019, que teve 1.615 apreensões.

A venda, exposição à venda, exportação, compra, guarda ou mesmo posse de aves silvestres em cativeiro ou depósito são condutas consideradas como crime ambiental e têm pena de seis meses a um ano, além de multa de R$ 500 por cada animal. Se a espécie for ameaçada de extinção, a pena é aumentada e a multa pode chegar a 5 mil reais por cada ave.

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