O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, disse que, apesar do grande número de contas suspeitas de fraude, os desvios que realmente atingiram o auxílio emergencial foram pequenos. Isso foi possível, segundo ele, justamente porque a Caixa bloqueou essas contas. 

“Do ponto de vista de fraude efetiva, é muito pequeno. A parcela é muito pequena. Antes de pagarmos, quando percebermos a fraude, bloqueamos a conta”, afirmou Guimarães nesta quinta-feira (23/7). Ele assegurou que “não houve nesses contas perda para o erário”. 

Ele admitiu, contudo, que isso acabou gerando uma “grande dor de cabeça” e uma “penalização da parcela mais carente da população”. Com o bloqueio das contas, “nem os fraudadores receberem, nem quem poderia receber conseguiu sacar”. “Ao evitar fraudes, bloqueamos as contas agora e temos que revalidar. Acreditamos que faremos rápido, mas gera algum desconforto”, comentou.

Por conta disso, a Caixa publicou, nesta quinta-feira (23/7), no Caixa Tem orientações para que os brasileiros que tiveram as contas bloqueadas possam recuperar os recursos. Segundo o banco, 1,3 milhão de contas foram bloqueadas. Porém, 51% delas são suspeitas de fraudes e só podem ser desbloqueadas nas agências, mediante calendário. As outras 49% só têm problemas cadastrais, que podem ser resolvidos pelo próprio Caixa Tem. 

Segundo o Correio Braziliense, Guimarães ainda destacou que, paralelamente a isso, a Caixa está trabalhando junto com a Polícia Federal para identificar e punir os hackers que invadiram as contas do Caixa Tem para desviar os R$ 600 dos brasileiros de baixa renda. “As investigações estão bem adiantadas. Nós vamos sim combater”, garantiu.

Foto: Marcelo Ferreira.