O número de pessoas, na Paraíba, que não estavam ocupadas e não procuraram trabalho por conta da pandemia, ou por falta de oportunidade na localidade, mas que gostariam de trabalhar, aumentou e chegou a 504 mil em junho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (23).
O levantamento faz parte das Estatísticas Experimentais do instituto e é realizado em parceria com o Ministério da Saúde, para acompanhar os impactos socioeconômicos da pandemia no país.
Segundo o Portal Correio, em maio, a pesquisa identificou que havia 485 mil pessoas que não procuraram emprego por esses motivos, mas que gostariam de trabalhar, o que aponta para um crescimento de quase 4% de um mês para o outro, com um acréscimo de 19 mil pessoas a essa categoria.
Em junho, o estado permaneceu com a 4ª menor taxa do país de participação na força de trabalho, ou seja, de pessoas que estavam empregadas ou procuraram trabalho no período de referência. O indicador, de 43,7%, caiu em relação ao observado em maio (44,6%) e só foi menor do que os registrados no Piauí (40,9%), em Alagoas (42,6%) e no Maranhão (43,6%).
Já entre aqueles que estavam trabalhando, o número dos que estavam afastados do emprego devido ao distanciamento social também diminuiu, passando de 329 mil pessoas, no primeiro mês pesquisado, para 248 mil em junho. Proporcionalmente, isso representa 19,8% da população ocupada no estado, 8º maior percentual do país.
Em relação ao trabalho remoto, houve uma pequena redução percentual no total de pessoas que estavam atuando dessa forma na Paraíba, que recuou de 16,4%, registrado em maio, para 16%, em junho. Apesar disso, esse permaneceu como o 4º maior índice do país, atrás apenas do Distrito Federal (25,8%), Rio de Janeiro (22,8%) e São Paulo (18%).
Cresce número de domicílios que receberam auxílio
O percentual de domicílios que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia em junho cresceu frente a maio, aumentando de 53,1% para 56,9%. Embora represente mais da metade das residências do estado, esse é o terceiro menor indicador da região, maior apenas do que os verificados em Sergipe (55,6%) e no Rio Grande do Norte (56,1%).
O valor médio recebido no estado foi de R$ 934. Além do auxílio emergencial – destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados – a pesquisa também considera outras formas, como a complementação do Governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, que permite a redução de salário e jornada por até três meses e a suspensão de contratos por até dois.
Foto: Pedro Ventura.