O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, de 74 anos, foi internado nesta segunda-feira (29) em um hospital particular da cidade depois ter tido resultado positivo para a Covid-19. Em nota, a Prefeitura informou que o diagnóstico foi feito “por meio de tomografia” e que Virgílio “segue em isolamento na unidade com quadro estável, inclusive despachando normalmente”.
O G1 apurou que, na noite desta segunda, o prefeito deu entrada no Hospital Adventista de Manaus, onde foi inicialmente encaminhado à enfermaria e depois, já na madrugada desta terça-feira (30), transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Cerca de 25% do pulmão do prefeito está comprometido pelo vírus.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Prefeitura enviou a seguinte resposta, por e-mail: “O prefeito Arthur Virgílio Neto está em isolamento no Hospital Adventista de Manaus, fora da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), com quadro estável, inclusive despachando normalmente. Os exames foram feitos após ele apresentar leves sintomas de gripe”.
Em comunicado divulgado, a Prefeitura cita o boletim médico e informa que Virgílio se encontra “hemodinamicamente estável, sem necessidade de uso de drogas vasoativas, mantendo boa saturação de oxigênio em ar ambiente, realizando VNI com boa resposta”. A nota diz ainda que o prefeito está “lúcido e orientado, recebendo medicações por via oral conforme protocolo institucional”.
“O prefeito se encontra hemodinamicamente estável, sem necessidade de uso de drogas vasoativas, mantendo boa saturação de oxigênio em ar ambiente, realizando VNI com boa resposta. Lúcido e orientado, recebendo medicações por via oral conforme protocolo institucional”, afirma o documento.
Ainda em nota, a prefeitura afirma que Arthur seguirá em observação nas próximas 24 horas.
Manaus concentra, até a última atualização desta segunda-feira, 27.132 casos e 1.771 mortes por Covid-19. O Amazonas é um dos estados mais afetados do país pela pandemia do novo coronavírus, com mais de 69 mil casos e 2.792 mortes.
O impacto do vírus no Amazonas chegou a levar os sistemas de saúde e funerário a um colapso. Leitos de UTI quase atingiram a capacidade máxima de ocupação em hospitais da rede estadual. Em cemitérios, a prefeitura de Manaus precisou abrir valas comuns para conseguir suprir a demanda de mortes diárias.
Arthur, no início de junho, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) queixa-crime contra o presidente Jair Bolsonaro após ser chamado de “um bosta de um prefeito” durante uma reunião ministerial. O presidente fez a declaração enquanto criticava às ações de combate ao coronavírus na capital do Amazonas.
Foto: Mário Oliveira.