Os governadores do Nordeste compraram uma nova briga com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Eles acionaram o gestor no Supremo Tribunal Federal (STF), com a cobrança de que sejam devolvidos os R$ 83,9 milhões subtraídos do programa Bolsa Família. O dinheiro foi transferido pelo governo federal para a Secretaria de Comunicação. O objetivo era reforçar a publicidade oficial.

Segundo o Jornal da Paraíba, a portaria com a decisão do governo federal foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 2. A justificativa do governo federal foi a de que tinha “sobrado dinheiro” no programa. A desculpa foi desmentida com a constatação de que existem 430 mil pessoas na fila de espera para o cadastramento no programa. A maioria destas pessoas mora no Nordeste, segundo os dados oficiais.

No pedido ao Supremo, assinado pelos procuradores-gerais dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, eles pedem que o governo federal justifique a concentração de cortes no programa na região Nordeste e recomponha o valor retirado para ser usado pela publicidade do governo. Um levantamento mostrou que, considerando o benefício médio de R$ 200, o corte feito pelo governo federal retirar o pão da mesa de pelo menos 70 mil famílias nordestinas.

A operação ocorre no momento em que o governo enfrenta denúncias de que finacia sites especializados na propagação da fake News.

Foto: Reprodução Google.