Um levantamento feito através de dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, mostrou que a Paraíba fechou 9.426 vagas de trabalho com carteira assinada entre os meses de março e abril. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (27) e os números são os primeiros a mostrarem os efeitos da pandemia do novo coronavírus no estado.A pandemia foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 11 de março. E, no dia 13, o Governo da Paraíba decretou situação de emergência por causa da pandemia.
A primeira morte pela doença no estado foi no dia 31 de março.Com o decreto, o estado e os municípios passaram a adotar medidas de restrição e isolamento social para reduzir a velocidade do avanço da doença. Entre as medidas, estão o fechamento do comércio e de vários serviços e atividades consideradas não essenciais, o que provocou a suspensão de contratos de trabalho e também a demissão de trabalhadores.Segundo o Caged, a Paraíba já estava apresentando fechamento de postos de trabalho desde janeiro, quando foram fechadas 2.662 vagas formais no estado.
Em fevereiro, o estado perdeu 3.323 postos.Em março, houve um fechamento menor de postos, com a queda de 1.127 vagas formais. Já em abril, como reflexo da pandemia, a eliminação de vagas de trabalho se acelerou e foram 8.299 postos de emprego fechados na Paraíba.Com isso, a Paraíba já perdeu este ano 15.411 vagas formais, que é a diferença entre as contratações (36.810) e as demissões (52.221) registradas entre janeiro e abril.
Segundo o Jornal da Paraíba, o setor de serviços foi o que mais demitiu na Paraíba. Foram fechadas 3.522 vagas neste setor apenas no mês de abril. Dentro do setor de serviços, a área de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativa foi a que mais perdeu postos, com saldo negativo de 1.307 vagas.
O segundo setor com mais demissões em abril foi o de comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas, que perdeu 2.303 vagas no mês. Em seguida há a indústria em geral (-1.800), a construção (-561) e a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-113).
Foto: Dayse Euzébio.