Um estudo publicado no último dia 15 evidenciou um lado pouco comentado das redes sociais: sua capacidade de compartilhar conhecimento científico. Foi por meio do Twitter que uma nova espécie de fungo parasitário foi descoberta.
Tudo começou quando Ana Sofia Reboleira, bióloga associada ao Museu de História Natural de Copenhague, se deparou com uma foto de um diplópode (classe de animais à qual pertence o piolho-de-cobra) com algumas manchas que chamaram sua atenção. A imagem havia sido publicada por um conhecido, que afirmou ter encontrado o animal nos Estados Unidos.
Analisando a foto, Ana Sofia concluiu que as manchas no diplópode eram causadas por um fungo parasitário. No entanto, o fungo nunca havia sido encontrado nos EUA.
A bióloga, com ajuda de um colega, recorreu à coleção do museu dinamarquês em busca de exemplares parecidos com o da imagem que ela vira no Twitter. Como resultado, eles encontraram diversos espécimes parecidíssimos com o da foto, os quais nunca haviam sido documentados. Tratava-se de uma nova espécie.
Segundo o msn, o fungo pertence à ordem dos Laboulbeniales, seres diminutos e parasitas conhecidos por atacarem insetos e diplópodes. Em homenagem à rede social que impulsionou sua descoberta, a nova espécie foi batizada de Troglomyces twitteri.
Foto: Reprodução Google.