Apesar de o ministério da Saúde ter incluído a cloroquina, e seu derivado hidroxicloroquina, no protocolo de tratamento para pacientes com sintomas leves de covid-19, o secretário de Saúde na Paraíba, Geraldo Medeiros, reforçou, nesta quarta-feira (20), em entrevista, que no tocante ao protocolo estadual, nada mudou.
Segundo o PBAgora, ele ressaltou que o corpo técnico estadual segue estudando minuciosamente os trabalhos que estão sendo divulgados sobre o uso do medicamento no tratamento do coronavírus e que até agora apontam que seu uso, associado a azitromicina, ainda não tem evidência científica comprovada.
“Não há nenhuma modificação. Nós persistimos com a ideia, o corpo técnico da secretaria estadual de saúde tem estudado minuciosamente os inúmeros trabalhos que estão sendo divulgados na literatura. Nós tivemos recente um grande trabalho em uma revista na Inglaterra, a New England Journal, em que ele mostra justamente que a hidroxocloroquina associada a azitromicina não tem nenhum efeito sobre o coronavírus. E não só esse trabalho, são inúmeros trabalhos sem mostrar evidência científica comprovada e permitindo que a relação medico paciente, que a segurança do paciente é essencial. Nós não temos essa segurança com a utilização da hidroxocloroquina”, ressaltou.
De acordo com o documento divulgado pelo Governo Federal, caberá ao médico a decisão sobre prescrever ou não a substância, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, com a assinatura do Termo de Ciência e Consentimento.
Para especialistas ouvidos pelo portal G1, a liberação do uso da Cloroquina para casos leves é absurda e pode causar riscos e enfatiza que no documento liberado até mesmo pelo governo, alerta que seu medicamento pode causar a morte.
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