Em entrevista à Rede CNN Brasil nesta segunda-feira (11), o governador João Azevêdo (Cidadania) afirmou que “os estados estão à mercê da própria sorte” ao culpar o presidente Jair Bolsonaro pela falta de coordenação política durante o enfrentamento ao novo coronavírus.

“Os estados estão à mercê da própria sorte, buscando fazer aquisições de equipamentos com dificuldades muito grande, com aproveitamento de exploração do mercado, subindo preços de equipamento. Faltou um discurso único, a gente percebe que há um desencontro no discurso de autoridades do governo federal. O próprio ministro [Nelson Teich, da Saúde] ao visitar manaus saiu com uma mudança sobre o conceito que ele tinha do que precisaria ser feito em relação ao isolamento social, já que o próprio ministro hoje fala em lockdown em algumas regiões do país”, disse.

João criticou a baixa produção de respiradores no Brasil – 180 por semana – e a falta de atuação do presidente para aquisição de novos equipamentos.

“A logística que estava sendo implementada [na gestão de Henrique Mandetta] para aquisição de equipamentos foi suspensa e implementada outra filosofia [gestão de Nelson Teich]. O Brasil não tem respiradores chegando da China nem tem fabricação nacional. Fabrica 180 por semana. Isso não representa nada diante da demanda de todos estados. Faltou discurso único que unificasse o país e que trouxesse esperança ao nosso povo”, declarou.

João Azevêdo ainda lamentou que o país tenha que enfrentar em meio à crise sanitária “uma crise política e de ausência de liderança”, uma referência aos desdobramentos da saída do ex-ministro do Sergio Moro, que levaram o presidente Jair Bolsonaro a ser investigado por suposta interferência na Polícia Federal.

Crédito imagem: Reprodução/CNN Brasil

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