O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (16) que “não adianta se acovardar” e ficar em casa durante a pandemia do novo coronavírus. A declaração foi dada em conversa com jornalistas logo após pronunciamento em que comentou a demissão do ministro Luiz Henrique Mandetta do ministério da Saúde apresentou o novo nome da pasta, o oncologista Nelson Teich. Bolsonaro também disse que é preciso evitar o aumento da taxa de desemprego e defendeu o uso da cloroquina no tratamento da covid-19.

“Tem que enfrentar a chuva, tem que enfrentar o vírus”, afirmou o presidente. “Tem que voltar a escola. Não tem notícia de alguém abaixo de dez anos de idade que foi a óbito ou foi pra UTI”, complementou. Bolsonaro afirmou que cogita enviar ao Congresso um projeto de lei para a flexibilização do isolamento social e manutenção de atividades essenciais, que definiu como “tudo que seja essencial para que você leve um prato de comida para casa”. “Preparei o decreto, depois vi que seria bombardeado. Talvez eu transforme decreto em projeto de lei e mande para a Câmara.”

Segundo o R7, o presidente afirmou ainda que não fecharia o comércio da forma que foi fechado em todo o país e alegou que agora os estado precisam lidar com perda de arrecadação do ICMS. “Quem vai pagar essa conta, o Jair Bolsonaro ou a população como um todo?”.

Para Bolsonaro é preciso evitar o crescimento da taxa de desemprego que “cresceu bastante” e há “milhões que tinham carteira assinada que foram demitido”. Segundo ele, mesmo o auxílio emergencial do governo, de R$ 600 mensais, não supre as necessidades dos beneficiários. Ele afirmou que o novo ministro da saúde deve atuar também com a preocupação de mitigar também este problema. “A ideia desse novo ministro é atacar os dois problemas”. De acordo com o presidente, o Brasil lida com duas doenças, a covid-19 e o desemprego que, segundo ele, “ainda está um pouco invisível”.

Mais uma vez o presidente defendeu o uso da cloroquina em pacientes com a covid-19. “Não tem esse efeito colateral todo”, disse. O presidente argumentou que o medicamento é usado desde 1975, vendido largamente nas farmácias para tratar da malária e que vem sendo utilizado amplamente em todo o país.

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