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OMS: surto de coronavírus é emergência na China, não global

O diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta quinta-feira (23) que o surto de coronavírus que já infectou mais de 600 pessoas, por enquanto, “é uma emergência na China”, mas ainda não é um caso de emergência global.

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O representante da agência, no entanto, ressaltou que “ainda pode acontecer [uma epidemia]”.  Ghebreyesus afirmou que “não há evidências” de transmissão entre humanos fora da China, “mas isso não significa que isso não ocorra”.

Segundo o R7, até o momento, 17 pessoas morreram na cidade de Wuhan, onde o surto começou. Cerca de 600 foram infectadas pelo novo coronavírus, chamado de 2019-nCoV. 

Para o presidente do Comitê de Emergência da OMS, Didier Houssin, “é muito cedo” para chamar o surto de “emergência de saúde pública de interesse internacional”. Ele ponderou que os casos fora da China são poucos e estão todos ligados à região de Wuhan — pessoas que viajaram ao exterior após terem contraído do vírus.

A decisão, no entanto, poderá ser revisada a qualquer momento, desde que haja mudanças significativas na evolução do surto, afirmou Houssin.  A OMS define como emergência global um “evento extraordinário” que represente um risco para vários países e exija uma coordenação internacional. 

Oito cidades na província de Hubei, que tem mais de 58 milhões de habitantes, restringiram significativamente os transportes a partir desta quinta-feira. Voos e viagens de trens foram cancelados, além de haver suspensão dos serviços de metrô, ônibus e balsas.

O objetivo é evitar que pessoas com o vírus deixem a região. A restrição ocorre às vésperas do Ano-Novo Lunar, principal feriado chinês e época em que milhões de cidadãos viajam. A cidade de Wuhan, capital da província, é um dos principais centros de conexão ferroviária do centro do país.

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