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TSE admite reorganizar seções eleitorais se não comprar novas urnas eletrônicas

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar nesta quarta-feira, 8, o recurso de uma empresa que poderia fornecer até 180 mil novas urnas eletrônicas, técnicos da Corte já admitem eventual fracasso da licitação de R$ 696,5 milhões e, por isso, começam a discutir alternativas para a realização das eleições municipais de outubro. Uma das hipóteses debatidas pelo tribunal, segundo o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, é reduzir o número de seções eleitorais em todo o País. Na prática, isso aumentaria o número de eleitores que utilizam cada urna.

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Segundo o Estadão, a compra mais recente de equipamentos foi feita em 2015. Duas empresas concorreram no edital, que previa a contratação de novas urnas: a Positivo e um consórcio liderado pela Smartmatic. Ambas foram desclassificadas por questões técnicas. O plenário do TSE negou recurso da Smartmatic e decidiu dar uma nova chance para que as duas empresas corrijam as falhas em até oito dias úteis.

O prazo se encerra no dia 20. Os problemas são todos de ordem burocrática e não têm a ver com a lisura das eleições. A decisão da Corte Eleitoral foi tomada em uma sessão extraordinária convocada em plenas férias dos ministros, às pressas, como reportagem do Estado mostrou.

De acordo com Janino, conhecido no TSE como o “pai da urna eletrônica”, o tribunal tem de trabalhar com todas as hipóteses para a elaboração de um plano de contingências. O secretário não afastou a possibilidade de as duas concorrentes da licitação serem eliminadas após dia 20. “Podemos ter a eliminação mais uma vez das duas empresas, e aí, em consequência, não teríamos urnas de 2020 para as eleições 2020. Já temos um plano de contingência para otimizar os recursos que temos hoje”, afirmou.

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