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Pesquisadores da UFPB iniciam estudos com planta para criar remédio contra vírus da zika

Os estudos em torno do combate ao vírus da zika ainda seguem por várias partes do Brasil, em busca de uma solução para este mal que tem comprometido a saúde principalmente de crianças. Por causa disso, uma parceira entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Fundação Oswaldo Cruz do Recife está trabalhando com o objetivo de produzir medicamentos que possam evitar a proliferação do mosquito.

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Um dos resultados deste estudo foi publicado com o título ‘Tri-and Diterpenoids from Stillingia loranthacea as Inhibitors of Zika Virus Replication’, no Journal of Natural Products, que é uma revista científica editada pela sociedades americanas de farmacognosia (ramo da farmacologia) e química.

O professor do Instituto de Pesquisa em Fármacos e Medicamentos (Ipefarm) da UFPB, Josean Fechine Tavares, descreve que a análise se deu a partir de um extrato feito na planta Stillingia loranthacea. Depois do material colhido, os pesquisadores identificaram algumas substâncias que possuem potencial para a obtenção de remédios contra o vírus da zika. Jocean lembrou que a pesquisa surgiu por causa da epidemia, que atingiu o Brasil em 2015 e especificamente a Paraíba, por ter sido o primeiro estado a diagnosticar a microcefalia como doença provocada pelo vírus.

“Realizamos o isolamento e identificação de amostras da planta, utilizando técnicas do Laboratório Multiusuário de Caracterização e Análises (LMCA) da UFPB. Percebemos que se tratava de uma classe de substâncias que possuía atividade antiviral. Como é uma síndrome que traz preocupação para o Ministério da Saúde e que não possui tratamento medicamentoso contra o vírus, foi realizado um teste quantitativo em que a substância proveniente da planta inibiu a replicação dele”, disse Jocean.

Segundo o Jornal da Paraíba, os testes iniciais em laboratório estão sendo realizados em células e depois, a proposta é que testes clínicos possam ser feitos. Além da microcefalia, a pesquisa também pretende desenvolver formas de diminuir as consequência de outras doenças, a exemplo da Síndrome de Guillain-Barré.

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