O duque e a duquesa de Sussex anunciaram nesta quarta-feira (8) que deixarão de ser membros seniores da realeza britânica.
O príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, dividirão seu tempo, a partir de agora, entre o Reino Unido e a América do Norte.
Segundo o msn, em comunicado publicado no Instagram, o casal anunciou que planeja “construir um novo papel, mais progressista, dentro desta instituição” e que quer trabalhar para tornar-se “financeiramente independente”.
Segundo eles, a decisão foi tomada após “meses de reflexão e discussões internas”.
Em outubro, os dois revelaram as dificuldades que enfrentavam diante do escrutínio da imprensa.
Harry e Meghan afirmam que pretendem dividir seu tempo entre o Reino Unido e a América do Norte.
“Esse equilíbrio geográfico nos permitirá criar nosso filho com apreço pela tradição real na qual ele nasceu, mas também dará à nossa família o espaço necessário para nos concentrarmos em nossos próximos passos, incluindo o lançamento de uma nova entidade beneficente.
“Durante o Natal, o casal se afastou temporariamente de suas funções reais para passar algum tempo no Canadá com seu filho, Archie, nascido em maio.
Em um documentário da ITV que foi ao ar no ano passado, Meghan admitiu que a maternidade vinha sendo difícil devido ao interesse intenso dos jornais pelos fatos de sua vida.
O príncipe Harry também reagiu a relatos de uma rixa entre ele e seu irmão, William, o duque de Cambridge, afirmando que eles estavam seguindo “caminhos diferentes”.
Em outubro, a duquesa entrou com um processo na Justiça contra um jornal, acusando a publicação de ter divulgado ilegalmente uma de suas correspondências privadas.
De acordo com ela, o tabloide The Mail on Sunday e a companhia que o publica são responsáveis por uma campanha de histórias “inverídicas”.
‘Nunca antes na história’
Para o ex-assessor de imprensa do Palácio de Buckingham Dickie Arbiter, a decisão mostra que o príncipe Harry está deixando “a emoção comandar a razão”.
À BBC, ele afirmou que o “massacre” da imprensa no nascimento do filho do casal pode ter tido papel importante na ação.
Arbiter comparou o movimento com a abdicação do rei Edward 8º em 1936 para se casar com a americana divorciada Wallace Simpson.
“Esse é o único outro precedente, mas não há nada assim nos tempos modernos”, disse.
Questionado sobre como ser um membro da família real “em meio período” funcionaria, ele afirmou não saber.
“Se eles forem ficar baseados no Reino Unido, isso significa que vão ter que voar bastante, deixando uma grande pegada de carbono”, disse, ressaltando que isso pode gerar controvérsia.