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Chefe de Comunicação do Planalto se defende e diz que fica no cargo

O chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Fábio Wajngarten, afirmou que se afastou das empresas das quais era sócio, entre elas a FW Comunicação e Marketing, antes de ser nomeado para o governo de Jair Bolsonaro. A declaração foi dada em um pronunciamento feito pelo secretário no Palácio do Planalto na noite desta quarta-feira, 15.

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“Na época da minha nomeação, em abril do ano passado, fui orientado pela Subsecretaria de Assuntos Jurídicos e pela Comissão de Ética a sair do quadro societário da FW, ordem imediatamente cumprida”, afirmou.

Wajngarten realizou o pronunciamento para se defender de uma reportagem veiculada pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo a matéria, o chefe da Secom recebe dinheiro de emissoras de televisão e de agências de publicidade, por meio da FW. Ainda segundo o jornal, a empresa de Wajngarten recebeu 109 mil reais da Band, em 2019. A emissora confirmou o valor à Folha de S.Paulo.

Três agências de publicidade ouvidas pela reportagem também confirmaram que contratam serviços da FW ao custo de 4.500 reais mensais. As empresas (Artplan, Propeg e Nova/SB) são responsáveis pela publicidade da Caixa Econômica Federal. Ainda segundo o jornal, em agosto do ano passado, Wajngarten prorrogou um contrato da Secom com a Artplan por 12 meses, no valor de 127 milhões de reais.

A atuação empresarial e no governo configuraria conflito de interesses, já que as emissoras e agências de publicidade também são contratadas pela própria Secom, ministérios e demais órgãos do governo.

Segundo a Veja, a Secom é responsável pelos gastos com propaganda do Planalto e também define as regras de contratação de publicidade das demais áreas do governo federal. Em 2019, a Secretaria gastou quase 200 milhões de reais.

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