O Secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, disse nessa 6ª feira (15.jan.2021) que o governo estadual teria feito tudo o que pode para evitar o cenário crítico vivido no Estado. Segundo ele, ao voltar-se contra as determinações, a população fez uma “opção” pela contaminação.
O Amazonas passa por alta significativa no número de casos do coronavírus. O sistema de saúde está sobrecarregado.
O estoque de oxigênio acabou em vários hospitais de Manaus na 5ª feira (14.jan). O Estado precisou transferir pacientes internados com covid-19 para hospitais de outros Estados.
“Apesar dos alertas, dos decretos, a sociedade fez uma escolha de manter as aglomerações, participar das confraternizações, comemorar Réveillon, fazer festas clandestinas, principalmente. Ou seja, quando a sociedade opta pela contaminação, invariavelmente, 15 dias depois, nós sofremos o pico dessa aglomeração“, declarou Campêlo ao jornal O Globo.
Segundo o msn, o governo estadual sofreu pressão em dezembro para flexibilizar as medidas de restrição.
Empresários, ambulantes e funcionários protestaram nas ruas de Manaus (AM) em 26 de dezembro contra decreto definido pelo governador do Estado, Wilson Lima (PSC), que restringia a abertura do comércio. A norma definia multa diária de até R$ 50.000 em caso de descumprimento.
O Poder Público, então, recuou e aumentou o horário de funcionamento do comércio. Em nota divulgada na época, o governador afirmou que tem buscado “equilíbrio entre a proteção da vida, a ampliação da rede de saúde e o funcionamento da atividade econômica”.
O Amazonas registrou até esta 6ª feira (15.jan) 226.511 casos confirmados e 6.043 mortes pela covid-19. Os números tornam o Estado o 3º com mais mortes por milhão e habitantes no ranking com todas as unidades da Federação. Perde apenas para o Rio de Janeiro e o Distrito Federal.
Foto: Lucas Silva.