Diversos grupos de ambientalistas estão denunciando que as obras para a implantação de um aterro sanitário privado na cidade de Santa Rita são irregulares, uma vez que o local da obra fica em área de preservação ambiental, que não poderia ser desmatada. Fotos e vídeos comprovam a degradação ambiental no local.
O aterro sanitário está sendo construído pela empresa Lara Central de Tratamento de Resíduos (Grupo Lara). Curiosamente, o Grupo Lara é quem controla a ANE (Águas do Nordeste), empresa responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário em Santa Rita, após vencer licitação realizada pela prefeitura da cidade, na gestão do atual prefeito Emerson Panta.
O Ministério Público Estadual (MPPB) deverá ser acionado para investigar como a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) liberou a licença para a construção do aterro.
Em setembro do ano passado o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPPB e órgãos da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds) deflagraram a Operação Licença, que apurou a existência de um esquema de corrupção no âmbito da Sudema, que consiste em fraudes e facilitação em processos destinados à concessão de licenças ambientais por servidores públicos em atuação no órgão.
O Grupo Lara já teve o nome envolvido a diversos processos judiciais nos estados de São Paulo e Minas Gerais, a exemplo da “Operação Monturo”, que apurou o desvio de verbas públicas de limpeza urbana na cidade de Uberaba (MG).
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