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Durante cúpula da Otan, Zelensky pede ajuda militar ‘sem restrições’

Durante a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que acontece nesta quinta-feira (24), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu que a aliança militar ajude o país com apoio sem restrições.

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Antes disso, Zelensky agradeceu o apoio recebido até o momento neste que já é o 29º dia de guerra com a Rússia, mas apelou por armas mais ofensivas.

“Para salvar as pessoas e nossas cidades, a Ucrânia precisa de assistência militar sem restrições. Da mesma forma que a Rússia está usando todo o seu arsenal sem restrições contra nós”, alertou o presidente ucraniano.

De acordo com o MSN, Zelensky chegou a pedir 1% de tudo que a Otan pode oferecer que já seria o suficiente para resistir à invasão russa e destacou que a aliança pode salvar mais vidas ucranianas.

“A Aliança pode, mais uma vez, impedir a morte de ucranianos devido aos ataques russos, dando-nos todas as armas que necessitamos. A pior coisa durante a guerra é não ter respostas claras aos pedidos de ajuda”, lamentou.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

Foto: AP

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