Depois de CPI, Pacheco pede colaboração entre Poderes a Bolsonaro

Minsitro da Saúde, Marcelo Queiroga com o senador Rodrigo Pacheco, deputado Arthur Lira, após a priemira reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, no Palácio do Planalto. Sérgio Lima/Poder360 31.03.2021

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), publicou em seu perfil no Twitter que pediu colaboração entre poderes para o presidente Bolsonaro.

O pedido acontece um dia depois da Casa instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que deve investigar as omissões do governo federal e o mau uso do dinheiro repassado a Estados e municípios durante a pandemia.

“Conversei com o presidente Bolsonaro sobre a importância da manutenção de um ambiente de colaboração entre os Poderes e união de propósitos para a superação da crise de saúde e retomada do crescimento, com medidas de geração de emprego, e as reformas administrativa e tributária.”, escreveu o presidente do Senado.

Pacheco participou nesta 4ª feira (28.abr.2021) da 3ª reunião do comitê de acompanhamento da pandemia no Brasil. Mais cedo, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que apesar da queda no número de mortes, ainda é um momento de seriedade.

CPI ampla

O presidente do Senado decidiu em 13 de abril de 2021 que a CPI da Covid-19 deverá investigar o dinheiro federal que foi para cidades e Estados, além de eventuais omissões do governo de Bolsonaro no combate à doença.

Quando Pacheco criou a CPI, ele juntou os pedidos de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com alvo no governo federal, e de Eduardo Girão (Podemos-CE), que investiga ilícitos com dinheiro federal em todas as esferas.

O presidente Jair Bolsonaro havia criticado o alcance da comissão e defendido sua ampliação para também investigar governadores e prefeitos.

O requerimento de instalação de uma CPI que investigasse União, Estados e municípios teve mais de 40 assinaturas de senadores. O regimento interno do Senado, no entanto, veda a criação de CPIs para investigar assuntos estaduais.

Na instalação da comissão, que elegeu Omar Aziz (PSD-AM) presidente e Renan Calheiros (MDB-AL) relator, governistas que integram o colegiado tentaram obstruir os trabalhos e criticaram imparcialidade do emedebista, que é pai de um governador, cujo as ações podem ser investigadas.

Em seu discurso de posse, Renan atacou indiretamente o governo citando que há culpados para o descontrole da pandemia no país e criticando o negacionismo em relação à doença.

“A comissão será um santuário da ciência, do conhecimento e uma antítese diária e estridente ao obscurantismo negacionista e sepulcral, responsável por uma desoladora necrópole que se expande diante da incúria e do escárnio desumano”, declarou.

Comitê de crise

O presidente Jair Bolsonaro assinou em 25 de março um decreto que formaliza a criação do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 no país.

Integram o novo grupo os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco; da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e um membro observante indicado pelo Conselho Nacional de Justiça.

Segundo o msn, o Ministério da Saúde será responsável pela Secretaria Executiva.

Foto: Sérgio Lima.