A saúde de Fiuk anda preocupando os telespectadores do Big Brother Brasil 21. O que antes era motivo de brincadeira e meme na web, passou a ser assunto sério devido a sua condição psíquica. O ator é diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), depressão e ansiedade.
Segundo o msn, a equipe do cantor chegou a comentar recentemente que o mesmo não está tomando os medicamentos corretamente durante sua estadia na casa mais vigiada do país. “No programa, ele está em evidente abstinência de medicações para a depressão e ansiedade. Isso vem afetando muito o estado psíquico dele”, diz a nota.
O TDAH é uma condição neurobiológica, de causas genéticas, que aparece na infância e geralmente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.
A depressão é identificada como uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor marcada por uma tristeza profunda. E os transtornos de ansiedade são aqueles que compartilham características de medo e ansiedade excessivos, e perturbações comportamentais relacionadas.
Como Fiuk está confinado na casa, sem tomar as medicações contínuas adequadas, os comportamentos do participante refletem essa abstinência. Dessa forma, fica mais recluso, tem crises de choro, usa do fumo excessivo como válvula de escape e apresenta uma aparência física mais abatida e menos cuidada.
Isso fez com que, diante do grande alcance do programa, piadas fossem feitas com a condição do irmão de Cleo. Os aspectos mais marcantes das chacotas foram aqueles decorrentes do déficit, como a crise de choro após ganhar o monstro e a desatenção nas provas.
O tratamento adequado para o TDAH consiste no que é chamado de “multimodal”, isto é, uma combinação de estratégias. “Desde a psicoterapia, principalmente a Cognitiva Comportamental, até a intervenção medicamentosa adequada”, afirma o psicólogo clínico, Yan Cintra.
A medicação é necessária sempre que houver “prejuízo funcional”, ou seja, o déficit tira a qualidade de vida do indivíduo, atrapalhando sua rotina e compromissos. A falta dela pode provocar dificuldades em relação ao foco e concentração, gerando baixo rendimento, desequilíbrios de humor, irritabilidade, frustração e instabilidade comportamental.
O psicólogo afirma que pessoas diagnosticadas com TDAH podem sofrer com preconceitos e julgamentos daqueles que desconhecem ou se incomodam com os comportamentos de alguém com essa condição.
“No caso de uma grande exposição [como o reality], certamente o julgamento e a pressão social serão potencializados”, pontua Yan a respeito do programa.
O diagnóstico do déficit deve ser feito com cuidado por um profissional. “Considerando as diferentes características e fases de desenvolvimento cognitivo e emocional”, ressalta o psicólogo.
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