Bolsonaro diz que decide em março sobre Aliança pelo Brasil: “Tempo exíguo”

Brazilian President Jair Bolsonaro gestures during the swearing-in ceremony of his new Health Minister Nelson Teich (out of frame) at Planalto Palace in Brasilia, on April 17, 2020. - Teich replaces Luiz Henrique Mandetta, who had several disagreements with President Jair Bolsonaro in conducting the fight against the COVID-19. (Photo by EVARISTO SA / AFP)

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta segunda-feira (25/01) que decididirá até março se continuará com o Aliança pelo Brasil ou se escolherá uma sigla já existente. A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

“Em março eu decido: ou decola o partido ou tenho que arranjar outro”. Em seguida repetiu: “Em março vamos reestudar se o partido decola ou não. Se não decolar, a gente vai ter que ter outro partido. Senão não temos como nos preparar para as eleições de 2022”, apontou.

Segundo o Correio Braziliense, Bolsonaro também reclamou da burocracia para fundar a sigla e observou que o tempo está curto. Ele ainda negou que esteja pensando em reeleição, apesar de correr para tentar segurar a queda de sua popularidade visando melhorias em programas sociais.

“É muita burocracia, muito trabalho, certificação de fichas, depois passa pelo TSE também. Então, o tempo está meio exíguo para gente aí, não vai deixar de continuar trabalhando, mas vou ter que decidir. Porque não é por mim, não estou fazendo campanha para 2022, tá certo. Mas o pessoal quer disputar e queria estar num partido onde tivesse simpatia minha. Então essa que é a intenção de a gente fazer isso”, avaliou.

A um outro apoiador que o questionou sobre continuar a coleta on-line, o mandatário rebateu: “Não tenho como coordenar isso aí, não tenho tempo para isso. Tem o pessoal que ajuda, agradeço a vocês que ajudam de forma voluntária. Mas não é fácil você conseguir 500 mil fichas certificadas”, acrescentou.

Tentativa

Há mais de um ano na tentativa de fundar o Aliança pelo Brasil, Bolsonaro ainda está longe de atender aos requisitos para ter seu partido registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São necessárias 492 mil assinaturas para que o partido seja criado, no entanto, até agora, a sigla conseguiu reunir apenas 56.834 rubricas válidas, ou seja, perto de 12% do mínimo almejado. A intenção era de que a sigla deslanchasse ainda para as eleições municipais, o que não se concretizou.

O chefe do Executivo vem mantendo conversa com siglas que possivelmente poderão abarcá-lo como o PL, PP, Patriota e PSL. Ainda no último dia 13, a bancada do PTB esteve no Palácio do Planalto e convidou Bolsonaro a se filiar à sigla.

Em dezembro, o presidente já avaliava que o partido era de difícil formação. “Eu tenho falado que mais ou menos em março eu defino. Eu acho que o partido que nós começamos a formar vai ser difícil a formação. É muito burocratizado, é complicado fazer um partido. Se fosse cinco ou seis anos atrás, se tivesse pensado isso lá atrás, eu teria um partido para mim”, ressaltou na data.

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