Há três meses interno no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, o adolescente Gustavo Julião, 16 anos, pôde na última semana sair do leito e realizar atividades de fisioterapia e terapia ocupacional, na área externa do complexo hospitalar. Tudo graças ao trabalho desenvolvido pelo time de profissionais que adaptou uma cadeira de rodas sob medida para o paciente.
A doação foi realizada pela assistente social da instituição, Marilurdes Miguel, que também é cadeirante. “Há pouco mais de dois meses, eu comprei uma nova cadeira, e essa estava na minha casa aguardando o momento certo para ser doada. Quando tomei conhecimento da história de Gustavo, externei com minha equipe o desejo de doar, e todos me apoiaram”, declarou a profissional. Contudo, a cadeira precisou passar por adaptações para atender às necessidades específicas do paciente.
A equipe de Terapia Ocupacional realizou a avaliação física das características antropométricas e funcionais do adolescente, para obter as medidas adequadas, e desse modo realizar a adaptação por meio do Laboratório de Tecnologia Assistiva. “Desenvolvemos o apoio de cabeça em espuma de alta densidade regulável em altura e profundidade, também o colete torácico (tipo peiteira), assento e encosto, além do apoio de braços removível e apoio para pés também removíveis e regulável, com o objetivo de favorecer o ajuste postural, conforto e qualidade de vida ao paciente”, explicou a terapeuta ocupacional Wendy Chrystyan.
“A entrega foi em grande estilo”. Assim definiu Laryssa Marcela, coordenadora da Fisioterapia, o momento em que Gustavo pôde sair do leito e fazer uso da cadeira. “Esse momento marca o retorno do nosso projeto ‘Novos Ares’, no qual trazemos o paciente, acompanhado da equipe multiprofissional para o ambiente externo, com a finalidade de realizar exercícios fisioterapêuticos e melhorar seu condicionamento físico e também emocional. Vimos no sorriso de Gustavo o quanto ele ficou feliz, e essa é a nossa maior recompensa”, pontuou.
Para Adriana da Costa, mãe do beneficiado, a palavra é gratidão. “Passar tanto tempo em um hospital não é fácil para ninguém. Como mãe, vejo a luta dele e também a garra. Recebo forças e apoio de toda equipe daqui. Nunca nada nos faltou. E, ainda mais hoje, com esse presente, que eu não teria condições financeiras de adquirir. Estou emocionada e sem palavras. Só peço a Deus que os pague, dê a essa equipe em dobro, tudo o quanto fazem pelo meu filho e todos os pacientes do Metropolitano”, agradeceu.
De acordo com o diretor assistencial Gilberto Teodozio, a equipe multidisciplinar trabalha atenta às necessidades do paciente. “Prezamos pelo humano. O olho no olho. Agindo com interação social e buscando minimizar para o paciente e seu acompanhante os impactos da internação hospitalar, através de uma abordagem voltada ao que é significativo para a qualidade de vida deles”, afirmou.
Segundo Antônio Pedrosa, diretor geral do Hospital Metropolitano, ações como essas reafirmam o compromisso social da unidade de saúde. “Oferecemos o conhecimento técnico, mas sem esquecer o lado humano. Conversamos com nossos profissionais para que observem o paciente em suas singularidades, e assim em conjunto possamos realizar o levantamento da necessidade de cada um, e dessa forma, buscar atuar na promoção do bem-estar deles”, ressaltou.
Recentemente, o paciente recebeu a doação de uma órtese de posicionamento de membro superior. Em breve, receberá alta hospitalar, e seguirá sendo assistido por toda equipe multidisciplinar do Hospital Metropolitano, com objetivo de promover uma melhor qualidade de vida ao retorno para casa e as atividades do seu novo cotidiano.
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