A pausa dos testes para o desenvolvimento da vacina da Universidade de Oxford para Covid-19, em parceria com o laboratório AstraZeneca, ocorrida em setembro, ainda não foi revertida nos Estados Unidos. O fármaco é também testado no Brasil, no Reino Unido, na Índia, na África do Sul e no Japão — onde os estudos já foram retomados.

A farmacêutica AstraZeneca informou a reportagem de VEJA que segue em tratativas com a agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (a Food and Drug Administration) para facilitar a revisão de todas “as informações necessárias para que se tome uma decisão em relação à retomada dos estudos nos EUA”. Ou seja, ainda não há data divulgada para o retorno.

Conforme revelou o site STAT, há americanos que tomaram a primeira dose do fármaco e estão em um “limbo”, no aguardo da aplicação da segunda dose do medicamento ou da suspensão total dos estudos.

O motivo da pausa nos estudos

No dia 8 de setembro, as pesquisas da vacina no Brasil e em todas as outras regiões do mundo foram suspensas diante da suspeita de que o fármaco teria causados efeitos adversos graves em uma voluntária no Reino Unido. Após análises de um comitê independente de segurança, foi indicado que as aplicações continuassem normalmente. O estudo foi retomado no dia 14 de setembro, no Brasil. O Japão, o último na retomada, só autorizou o restabelecimento dos trabalhos no último dia 2 de outubro.

Dados da epidemia

Nesta sexta-feira, 6, o Brasil registrou 25.052,1 casos e 607,3 mortes em decorrência da Covid-19. Estes números dizem respeito à média móvel semanal de notificações realizadas pelas secretarias regionais junto ao Ministério da Saúde (veja a série completa no gráfico abaixo). O cálculo considera os dados dos últimos sete dias somados e divididos por sete. Deste modo é possível avaliar o avanço ou desaceleração da pandemia pois atenua-se os atrasos de notificações naturais ao final de semana.

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