O que já era esperado, aconteceu. Os juízes eleitorais de Campina Grande decidiram não solicitar o apoio de tropas federais para as eleições municipais deste ano. E não faria sentido se fosse o contrário. Em um ano de pandemia, com eleições atípicas, onde o contato entre eleitores e candidatos deverá ser limitado, não há motivos para termos o Exército nas ruas.

As aglomerações nas esquinas no dia da votação, por exemplo, dificilmente acontecerão na dimensão do que ocorria em pleitos anteriores. E a presença das tropas, importante em outros momentos, deve ser sempre uma excepcionalidade.

Este ano a disputa será muito mais ‘ostensiva’ no mundo virtual, das redes sociais, onde candidatos e eleitores travam há meses o debate sobre suas preferências, ideias e interesses.

Vale lembrar que Campina Grande viveu de 2004 a 2016 eleições com a presença dos homens do Exército nas ruas. Nas últimas eleições, de 2018, as forças federais não foram convocadas e o processo eleitoral aconteceu sem dificuldades.

Segundo o Jornal da Paraíba, até o dia 15 de novembro a perspectiva é de que teremos um embate acirrado entre as candidaturas e seus apoiadores, próprio do ambiente democrático – mas sem ‘enfrentamento’ nas ruas no dia da votação. Até porque, sinceramente, o eleitor parece estar cada vez mais consciente de que as hostilidades não contribuem em nada com o processo. As eleições de 2018 indicam isso.

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