A JBS foi à Justiça para não entregar à força-tarefa da Greenfield informações sobre serviços prestados por Frederick Wassef, ex-advogado de Jair Bolsonaro.

A empresa pagou a Wassef R$ 9 milhões entre 2015 e 2020, segundo um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

“A solicitação de contratos entre a JBS e Frederick Wassef, notas fiscais e procurações, lista de inquéritos que o advogado atuou, cópia das petições e outros documentos configura, sem sombra de dúvida, verdadeira devassa na relação cliente-advogado”, escreveu a defesa da JBS no último dia 8, em pedido de habeas corpus ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Segundo o Época, os advogados da empresa acusaram o MPF de “constrangimento ilegal” ao demandar informações “protegidas pelo sigilo profissional cliente-advogado”.

O caso é relatado pelo desembargador Ney Bello.  

Quatro dias antes, procuradores da força-tarefa haviam acionado a Justiça Federal de Brasília, pedindo que a JBS fosse obrigada a fornecer a documentação.

O MPF alega que a omissão das informações pode impactar o acordo de leniência do grupo J&F, em caso de indícios de possíveis crimes.

Foto: Daniel Marenco.