A Paraíba apresentou o 4º maior percentual do Brasil de pessoas ocupadas trabalhando no regime home office no mês de maio, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Covid-19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (24). Em valores absolutos, cerca de 150 mil trabalhadores estavam ocupados em regime remoto. O indicador de 16,4% só foi menor do que os observados no Distrito Federal (25%), Rio de Janeiro (23,8%) e São Paulo (19,7%). A média nacional foi de 13,3% e a do Nordeste de 10,7%.

Além disso, cerca de 53,1% dos domicílios paraibanos receberam algum auxílio relacionado à pandemia no mês de maio. O percentual foi o 10º maior do país e ficou bem acima da média brasileira, de 38,7%, mas um pouco abaixo do registrado no nordeste, de 54,8%. Realizada em parceria com o Ministério da Saúde, essa versão da Pnad Contínua investigou os impactos da pandemia nas questões econômicas, de trabalho e saúde.

O valor médio de auxílio recebido pelos domicílios no estado foi de R$ 917, maior do que as médias nacional, de R$ 847, e regional, de R$ 907. Entre os benefícios considerados pela pesquisa estão o auxílio emergencial – destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados – e a complementação do Governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, que permite a redução de salário e jornada por até três meses e a suspensão de contratos por até dois meses.

Segundo o G1, em comparação com as outras unidades da federação, a Paraíba registrou a 4ª menor taxa de participação na força de trabalho (44,6%), grupo que inclui aquelas pessoas que estavam ocupadas ou procuraram emprego no período de referência.

No entanto, o levantamento também indicou que 485 mil pessoas na Paraíba, que não estavam ocupadas, gostariam de trabalhar, mas não procuraram emprego por conta da pandemia ou por falta de oportunidade na localidade. No total daqueles que estavam fora da força de trabalho, isso representa 27,2%.

Já entre as pessoas ocupadas, cerca de 329 mil, aproximadamente 25,4%, estavam afastadas do trabalho que tinham, devido ao distanciamento social estabelecido. Essa proporção foi a 7ª maior do Brasil e ficou acima da média brasileira (18,6%), mas abaixo da nordestina (26,6%).

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