Em reportagem publicada na manhã deste sábado, 25, o site The Intercept Brasil apontou que o senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, financiou a construção de prédios ilegais feitos pela milícia carioca com dinheiro desviado das “rachadinhas” em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A reportagem foi feita com base em documentos de uma investigação sigilosa conduzida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro que apura se Flávio Bolsonaro cometeu os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.
A investigação, diz o site, cruzou dados bancários de 86 pessoas e apontou que hoje o senador colhe os lucros dos investimentos ilegais feitos com dinheiro desviado da Assembleia. O intermediário entre os desvio do gabinete e os investimentos em obras da milícia era o ex-assessor da família Bolsonaro, Fabrício Queiroz.
De acordo com a reportagem, o dinheiro era levado por Queiroz ao ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, apontado como chefe do Escritório do Crime e morto recentemente em uma operação da polícia baiana.
Segundo as investigações, milicianos ligados a Adriano da Nóbrega usavam nomes de laranjas para abrir empresas de construção civil e dar um verniz de legalidade às atividades criminosas.
O senador não se manifestou para o Intercepet. O Congresso em Foco entrou em contato com a assessoria de Flávio Bolsonaro, que afirmou estar em conversa com o advogado do senador para avaliar um posicionamento.
Crédito imagem: Mateus Bonomi / AGIF
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