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Irã diz à ONU que não busca guerra, mas que se defenderá se agredido

O embaixador permanente do Irã na ONU, Majid Takht Ravanchi, enviou nesta quarta-feira, 8, uma carta ao secretário-geral da organização, António Guterres, em que afirma que o governo de seu país não busca uma escalada do conflito com os Estados Unidos ou uma guerra, mas diz que se defenderá de qualquer agressão.

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“Como membro responsável da ONU, a República Islâmica do Irã está comprometida com os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, recorda sua dedicação à manutenção da paz e da segurança internacionais e enfatiza que não busca uma escalada ou uma guerra”, destacou Ravanchi no texto.

Na carta, enviada também ao presidente do Conselho de Segurança, Dang Dihn Quy, o embaixador iraniano afirmou que o ataque realizado pelo país nesta terça-feira contra bases iraquianas que recebem tropas americanas foi “proporcional”.

Ravanchi descreve a operação como uma represália ao ataque dos Estados Unidos que matou o general Qasem Soleimani, ato descrito pelo governo do Irã como um “ato terrorista”.

Segundo o embaixador, o Irã exerceu o “direito inerente de autodefesa”, conforme o previsto na Carta das Nações Unidas, e que as forças armadas do país executaram “uma resposta militar medida e proporcional sobre a base aérea no Iraque a partir da qual foi lançado o covarde ataque contra o mártir Soleimani”.

“A operação foi precisa e teve como foco objetivos militares, não deixando danos colaterais civis ou sobre ativos civis na área”, afirmou o militar.

Apesar de expressar o desejo do Irã de não entrar em uma guerra, o embaixador faz um alerta de que o país não aceitará “qualquer outra aventura militar” e que está determinado a seguir defendendo sua integridade territorial, seguindo as leis internacionais.

Segundo a Veja, no texto, o representante do Irã na ONU também aproveita a oportunidade para “reiterar o completo respeito” do país com a “independência, soberania, unidade e integridade territorial da República do Iraque”.

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