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Suspeito de ser um dos chefes da milícia é investigado pelo MP no caso Marielle

O homem preso  ontem como um dos chefes da milícia de Rio das Pedras, comunidade na Zona Oeste do Rio, também é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro no caso das mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Jorge Alberto Moreth, também conhecido como “Beto Bomba”, era foragido da Justiça desde janeiro. Ele foi um dos alvos da Operação Intocáveis, que mirou suspeitos de integrar o grupo criminoso‘escritório do crime’. Além da prática de vários crimes na região, o grupo é investigado por envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson. Relatos feitos ao Disque-denúncia repassados à polícia apontam a suposta relação de Beto Bomba com os crimes.

Prisão baseada em escutas telefônicas

Nas redes sociais, Beto Bomba exibia uma vida de gastos com carros caros, barco e moto aquática. As investigações que prenderam o miliciano se baseiam em escutas telefônicas gravadas com autorização da Justiça e relatos recebidos pelo Disque-denúncia.
Segundo a denúncia, ele tinha informações privilegiadas sobre operações policiais, como mostra uma das conversas interceptadas.
“O Beto Bomba falou aqui que amanhã vai ter operação. Pediu pra tirar a escada aqui, pediu pra ninguém trabalhar aqui na obra”, diz uma das conversas.
Moradores de Rio das Pedras e da Muzema deram várias informações fundamentais aos Disque-denúncia. Eles detalharam a atuação de Beto Bomba tanto na Associação de Moradores de Rio das Pedras como na Muzema.
O miliciano é acusado por moradores de envolvimentos em mortes, cobranças de taxas em geral, invasões de casas, construções irregulares nas comunidades, comércio de imóveis, entre outros crimes.
Beto Bomba foi presidente da Associação de Moradores de Rio das Pedras por anos. Ainda de acordo com a denúncia do Ministério Público, era dentro da associação que a milícia fazia compra e venda dos imóveis construídos de forma irregular. Na sede da associação, ficavam todos os documentos usados nas negociações.
Beto Bomba se entregou após várias ações sigilosas da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) em vários pontos da cidade, em dias e horários distintos.

News Paraiba com G1 

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