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Forças Armadas podem derrubar Bolsonaro se presidente continuar ‘fazendo graça’, diz Janaina Paschoal

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro faz “graça” com a pandemia do coronavírus e sugeriu que as Forças Armadas podem derrubá-lo caso continue a dar declarações controversas sobre a disseminação da doença. Na manhã desta quinta-feira, 2, Bolsonaro disse que uma apoiadora, que pedia a retomada da atividade comercial, falava por “milhões de pessoas”.

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Bolsonaro compartilhou o momento no Twitter. A deputada respondeu à postagem do presidente. “Se o Sr não parar com essas postagens, os militares vão para a rua para retirar o Sr, com base no artigo 142 da Constituição Federal. Meu povo sofrendo e o Sr fazendo graça! Pelo amor de Deus, amadureça!”, escreveu.

O artigo 142 da Constituição, ao qual a deputada faz referência, dispõe sobre a função das Forças Armadas. “Destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”, afirma o trecho.

O presidente ouviu pedidos de apoiadores na porta do Palácio da Alvorada. “Não quero dinheiro do governo, eu quero trabalho”, disse uma mulher, que se identificou como professora. “Esses governadores querem o quê? Eles têm o dinheiro deles”, questionou. “Pode ter certeza que a senhora fala por milhões de pessoas”, respondeu o presidente, que logo depois compartilhou o vídeo nas redes sociais.

Cotada para ser candidata à vice na chapa do então deputado federal nas eleições presidenciais de 2018, Janaina fez duras críticas ao presidente em uma sessão plenária da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no mês passado. Na ocasião, a deputada disse que se arrependia de ter votado em Bolsonaro e defendeu sua renúncia.

“O que ele fez ontem é inadmissível, é injustificável, é indefensável! Crime contra a saúde pública”, discursou Janaina à época, citando a aproximação do presidente a centenas de manifestantes no Palácio do Planalto, contrariando orientações do próprio Ministério da Saúde.

Crédito imagem:

News Paraíba com Estadão

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