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Se um Gaeco preocupava a classe política, imagine a Paraíba agora com dois?

A sigla Gaeco ou mesmo o seu nome completo (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) ganhou espaço generoso na cobertura jornalística nos últimos anos. Tudo em decorrência das grandes operações, tendo como foco, geralmente, crimes cometidos por expoentes da classe política. O grupo ligado ao Ministério Público da Paraíba passou, por isso, a ser admirado ou temido por vários agentes públicos. A péssima notícia para quem nutria (ou nutre) temor do grupo é que agora serão dois na Paraíba.

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Pois é. O Conselho Superior do Ministério Público Federal aprovou nesta semana a criação do Gaeco do Ministério Público Federal na Paraíba. O time já foi montado, mas aguarda a nomeação do procurador-geral da República, Augusto Aras. O coordenador do grupo será Thiago Misael, da Procuradoria da República em Patos. Lembram dele? É aquele que coordenou operações como Recidiva e Andaime e várias outras com repercussão em municípios sertanejos.

Segundo o Jornal da Paraíba, além dele, vão compor o grupo os procuradores Victor Veggi, Antônio Edílio Magalhães, Bruno Barros, Bruno Galvão e João Raphael. Em contato com o blog, por meio da assessoria do MPF, Thiago Misael explicou que o Gaeco vai auxiliar os “procuradores naturais na investigação e persecução de crimes praticados por organizações criminosas e na eventual repercussão civil na improbidade administrativa desses crimes”.

“O crime organizado de atribuição federal no Estado da Paraíba é majoritariamente enquadrado no conceito de corrupção”, ressaltou o coordenador do Gaeco, lembrando, no entanto, que outros crimes entrarão nas atribuições do grupo. A relação inclui “as fraudes previdenciárias (não por outro motivo o INSS também está se organizando em um núcleo estadual de combate às fraudes), o contrabando (principalmente de cigarro), o tráfico de drogas (via aeroporto e porto marítimo), o assalto a instituições financeiras e os crimes pela internet”.

Um questionamento que muitos leitores poderão fazer agora é se o Gaeco do MPF terá atuação conjunta com o Gaeco do MPPB. A resposta é sim, porém, não apenas com o órgão estadual. A lista inclui também Polícia Federal, CGU, Receita Federal e a Procuradoria Regional da República.

Foto: Reprodução Google.

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