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Ministério Público pede prisão e bloqueio de bens de Ricardo e outros suspeitos na Calvário

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) protocolou nesta semana ação que pede a volta do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e mais 17 pessoas para a prisão e ainda o bloqueio de bens de 30 denunciados na sétima fase da operação Calvário. Os pedidos assinados por promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) foram feitos com a justificativa de manter a ordem pública e garantir o ressarcimento do Estado pelos recursos desviados.

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Segundo o Jornal da Paraíba, o pedido de novo mandato de prisão contra os 18 suspeitos tem como justificativa as alegações de que os acusados têm condições de influir para atrapalhar as investigações. O exemplo citado é o do ex-governador Ricardo Coutinho, gravado em conversa com o prefeito de Bananeiras, Douglas Lucena (PSB). No diálogo, o ex-governador teria manifestado a intenção de retaliar o trabalho do delegado Allan Murillo Terruel por investigações contra a prefeita do Conde, Márcia Lucena (PSB).

A conversa seria o indicativo de que o ex-governador ainda teria influência sobre a gestão, hoje comandada pelo governador João Azevêdo (sem partido). Os dois oficialmente romperam politicamente em dezembro do ano passado. A conversa teria ocorrido em outubro.

Bloqueio de bens

A ação protocolada pelo Ministério Público, com base nas investigações do Gaeco, pede o bloqueio de todos os bens de 30 dos 35 suspeitos de integrar a suposta organização criminosa. O bloqueio, de acordo com a peça, seria para garantir o ressarcimento dos prejuízos causados ao governo do Estado com o suposto desvio de recursos. O impacto total teria de R$ 134,2 milhões.

Só da Cruz Vermelha Brasileira, os pagamentos teriam chegado a R$ 60 milhões em oito anos. Os pagamentos de propinas feitos por empresas responsáveis pelo fornecimento de material escolar girariam em torno de R$ 57 milhões.

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