Claro
Escuro

Governo realiza evento para discutir combate à Hanseníase na Paraíba

Começa nesta segunda-feira (20) a Semana Estadual de Conscientização e Combate à Hanseníase, no auditório do Cefor / RH, às 8h30. Na ocasião, será assinada uma nota técnica conjunta entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES), Ministério Público Federal e Estadual, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde da Paraíba (Cosems-PB) e Superintendência Estadual do Ministério da Saúde na Paraíba (Sems/PB) com recomendações para ações de combate à hanseníase e tuberculose.  

- Continua depois da Publicidade -

A Semana Estadual de Conscientização e Combate à Hanseníase se prolongará até o dia 25 com várias atividades abertas ao público, em parceria com profissionais do Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Dr. Clementino Fraga. A hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, caracterizada por manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, sem pelos e que não coçam, com alteração de sensibilidade (térmica,dolorosa ou tátil) e/ ou força muscular. Em casos mais severos, sem o tratamento adequado, pode causar deformidades físicas irreversíveis, daí a importância para a saúde pública.  

O Brasil é o 2º país no mundo em número de casos para hanseníase, considerada endemia nacional, apesar de 95% da população mundial ser naturalmente resistentes à doença. Na Paraíba a taxa de detecção na população geral da hanseníase aumentou de 13,1 casos/100 mil habitantes em 2018 para 15,2 casos/100 mil habitantes, em 2019. Os dados correspondem em números absolutos a 608 casos, no último ano. “O aumento no número de notificações reflete a intensificação das ações para o diagnóstico precoce e conscientização sobre a doença, uma vez que a notificação da enfermidade é obrigatória”, salienta a chefe do Núcleo de Doenças Endêmicas, Anna Stella Pachá.

De acordo com o informe de doenças epidemiológicas, que será divulgado durante o evento desta segunda-feira, houve também um aumento na taxa de detecção da hanseníase em menores de 15 anos. “O tempo de incubação do vírus é de três a cinco anos. O fato de existirem novas crianças infectadas pelo bacilo causador demonstra uma alta carga de circulação da doença na população local, daí a importância de realizar ações para diagnóstico e cura da hanseníase”, explica Anna Stella.  

O tratamento é realizado em Unidades Básicas de Saúde e a medicação é oferecida de forma gratuita pelo SUS. Ao iniciar a medicação a carga bacilar da doença diminui gradativamente e assim, o paciente deixa de transmitir para outras pessoas. Em 2019 a SES realizou parcerias com os municípios de áreas endêmicas da doença, com a capacitação de profissionais na atenção básica para busca ativa de novos casos e acompanhamento de pacientes.

Mais Lidas